Olhos

Olhos
Olhos expressivos de quem já viveu / Histórias, memórias, lembranças de paralelepípedo, / De ruas, calçadas, nomes, pessoas, gestos, vozes, choros, berros / De alguém ou meus. / / O olhar dessa cidade / Sabe dos números de ruas / Que os teus pés já pisaram / Não fale das coisas pequenas que escorrem pros lados. / / E lembre-se sempre do que você diz a si / A verdade é a coisa mais pura pra se ter e sentir, / / Menina, os teus olhos, me lembram / Um bocado de dengo / E a arte de arder em meu peito ainda aquela vontade, / Retruca, por que ter guardado o momento / Dentro dos meus pensamentos em um bau zincado?

Vamos afundar calados.

Vamos afundar calados.
Maria Tereza

Eu não sei o que você trouxe aqui
Pra melhorar a força desse país.
Quais as palavras de sucesso que emerge
No vulcão bruto da boca que fala aí.

Gente sentada esperando o prato
Outros milhões sentados a se deliciar.
Reformular todo esse eco navio
Mostra que o que tinha de eco
Foi pro fundo do rio.

Solte essa gravata doutor
Assuma a sandália que dou.

Está todo mundo
Totalmente errado!
Falar que a ditadora é solução?
Mesmo com a falta do bom censo
Calar a boca é reprimir toda a nação.

Outro dia você vai me encontrar
Toda largada
Caminhando por aí...
Com um cigarro e outras drogas lentas
Livre e feliz, tendo a paz que quis.

Livremente
Livre
Liberdade
Liberdade

Pé e cabeça
Pra sentir
Livremente
Livre