Olhos

Olhos
Olhos expressivos de quem já viveu / Histórias, memórias, lembranças de paralelepípedo, / De ruas, calçadas, nomes, pessoas, gestos, vozes, choros, berros / De alguém ou meus. / / O olhar dessa cidade / Sabe dos números de ruas / Que os teus pés já pisaram / Não fale das coisas pequenas que escorrem pros lados. / / E lembre-se sempre do que você diz a si / A verdade é a coisa mais pura pra se ter e sentir, / / Menina, os teus olhos, me lembram / Um bocado de dengo / E a arte de arder em meu peito ainda aquela vontade, / Retruca, por que ter guardado o momento / Dentro dos meus pensamentos em um bau zincado?

Fumaça


Fumaça
Maria Tereza

As filosofias dessa terra não são mais confiáveis!
Já não sabemos quais cascas têm pintinho pra nascer.
E a corrupção é o retrato desse estado,
Pobre (pobre) que não se cul(llll)pa por não sa-ber. (Mas está tudo aí.)

Bater, bater
Na porta de quem não sabe receber
Não receber
Quem na porta não pára de bater.
E assim eu aperto o meu "foda-se"!
"Não me preocupo com o seu interesse!"

É muito fácil não escutar o que acontece na real.
É que o sistema quer colocar sua cabeça
Nessa bandeja de prata falsificada
Vende tua alma por ouro e nem te paga com bronze
Não te paga a juventude que te tira no liberar dessa ba(bomba)la.

FUMAÇA!
FUMAÇA!
FUMAÇA!
FUMAÇA!
FUMA A MASSA!!
FUMA A MASSA!!