Olhos

Olhos
Olhos expressivos de quem já viveu / Histórias, memórias, lembranças de paralelepípedo, / De ruas, calçadas, nomes, pessoas, gestos, vozes, choros, berros / De alguém ou meus. / / O olhar dessa cidade / Sabe dos números de ruas / Que os teus pés já pisaram / Não fale das coisas pequenas que escorrem pros lados. / / E lembre-se sempre do que você diz a si / A verdade é a coisa mais pura pra se ter e sentir, / / Menina, os teus olhos, me lembram / Um bocado de dengo / E a arte de arder em meu peito ainda aquela vontade, / Retruca, por que ter guardado o momento / Dentro dos meus pensamentos em um bau zincado?

Ela é hippie, todo mundo sabe

Ela é hippie, todo mundo sabe
Maria Tereza

Petrolina é hippie
Todo mundo faz uns trampos
É artesão
Ligado a arte.

Em Petrolina todo mundo é hippie
Mexe no cordão
Com a tesoura na mão
Quer partir pra manguear.

Pode ser um filtro dos sonhos
Pode ser também um reciclado
Tudo é feito com capricho
Com perfeccionismo tudo é bem acabado.

É luxo
Faz-se luxo
Vive-se luxo
Purpurina no lixo e no cangaço.

Que é pra se vender.
Tudo bem caro pra você
Porque eu, eu fiz e você não sabe
A arte, da história, é só um pedaço.

Petrolina é hippie
Todo mundo sabe.